quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Gato.

Às vezes tento entender o medo que tenho de gato, sim, gato, o pacato, tem um famoso conhecido com Garfield tem uma gangue que se chama ThunderCats, sim, um bando deles e ainda tem poderes, posso? Tem de botas, preto, pardo, enfim... Se caçar tem de tudo que é tipo. Por mais que me esforce não consigo encontrar uma explicação racional, óbvio! Se fosse racional seria facilmente resolvido, é algo que está além, muito além da razão.
Quando ele aparece me sinto idiota. Esquivo do bicho, ele certeiro vem em minha direção. Não adianta tirar, botar pra fora, sem pressa ele vem, balança seu rabo, impõe, invade o espaço.
Meu medo tem cheiro, sensível como dizem, ele percebe e de longe não faz curva. Minha sorte é que sempre tem alguém no caminho que se assusta com minha reação e quase que num reflexo, parte na direção do bichano. Coitado, nem se da contado por que fora içado daquela forma.
Além de ridícula me sinto monstruosa, não há um que não tenha uma teoria de como ele é bonzinho, sensível, carinhoso, inofensivo, amigo, eteceteraetal. Paro e penso: Se ele é tudo isso, eu sou um monstro, correto? É! Correto! É com essa sensação que fico, por isso, não menos que isso evito a qualquer custo ir à casa que tenha gatos.
Respeito o espaço que o miau conquistou, não tenho intenção de competir, ele lá e eu aqui em casa de preferência no computador organizando minha cabeça em forma de frases.
Ainda racionalizar meu medo seja perca de tempo, ás vezes tento...até mesmo para mantê-lo vivo.
Penso que poderia trocar o medo de gato e começar temer pessoas. Parece estranho? Não é! Elas machucam muito mais, as feridas provocadas são profundas, o gato, coitado, o que poderia fazer comigo além de pequenas estrias na pele, estas cicatrizariam em dois dias no máximo. Posso até não recebê-las se o bichano for manso. Se eu tiver sorte, posso receber um carinho de seu rabo quando passar por entre minhas pernas. Agora, gente essa espécie não pensa duas vezes em passar por cima uma das outras o pior é que além da pata tem a palavra que corta como fel já vira o olhar? Esse fura profundamente.
O bichano, ainda que sinta o cheiro do seu medo ele se aproxima, tenta aconchega, dificilmente ataca. Agora tem gente que não sente nada, simplesmente ataca, assim, gratuitamente sem necessidade de defesa apenas pra constar apenas para machucar.
Ás vezes, digo que não, mas outras entendo meu medo de gato, não posso transferi-lo para pessoas, com essas, tenho que conviver todos os dias, se sentisse medo como sinto dos gatos, precisaria ir para outro lugar, onde essa espécie estivesse extinta ou nunca houvesse existido se fosse, eu deixaria de existir e deixando de existir não preciso ter medo senão tivesse medo apenas estaria não viveria, estar ás vezes não faz sentido, senão faz sentido, não faz sentido.

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