segunda-feira, 12 de abril de 2010

Um presente.

Hoje um dia azul, cheio de luz. Fui agraciada com os versos do Bruno Villela. Adorei o presente. Obrigada.

Re-corda-ação/ que não anda na corda bamba, anda é no samba da escuridão. Re-cord/ Acorde/ Grava o momento que morde/ a fraqueza e a solidão/ Com ela ninguém pode/ a poeira sacode/ e a volta por cima é só pra quem cai/ nesse mundão/ Boom Bitty Bye Bye Bye!/ toca o refrão/ Humildade em milhões de cidades de amizades, dever-cidade na simplicidade da acepção/ Renascida, Renata/ Rainha-nata sem qualquer força já inata/ mas que nunca nunca empata/ E o esquecimento mata/ No coração/ pois já é poesia na sua andança/ e nunca nunca sai da lembrança/ que aqui dentro dança nessa canção.


Bruno.

domingo, 11 de abril de 2010

Por ai

Oi tudo bem? Então, quer tomar um suco, uma cerveja um vinho? Podemos não tomar nada. Aliás, eu quero tomar um conhaque, mas não precisa me acompanhar. Tá frio né? Sim, o inverno se aproxima, mas, tá tudo tão diferente pensei que a temperatura não fosse mudar tanto. É eu sei, ainda que não venha no tempo certo o frio sempre vem.
Eu também estou sem pressa, quero falar um pouco sobre a vida, sobre as alegrias da vida ou das pausas que essa alegria dá na vida. É eu podia te mandar um e-mail, ligar, mas caminhar á noite pela cidade trás mais inspiração.
Acho que é o mistério que a noite trás, ás vezes não vemos com clareza o rosto dos outros estão tão todos sempre muito cobertos por toucas e cachecóis, medimos sua alegria pela largura do sorriso e o brilho que brota dos olhos.
Na verdade eu não tenho nada muito importante para dizer e você? É os problemas se repetem um ciclo vicioso de desencontro com nós mesmos e ligeiros encontros com os outros e mais outros e outros.
Ás vezes sinto sua falta, ás vezes esqueço que você existe ás vezes só existo quando me vejo em você, meu sorriso reflete no seu sorriso, minha alegria se confunde com sua alegria, mas, não é sobre isso que eu quero falar.
Eu queria que sorrisse pra mim. Não! Não esse sorriso sem graça, amarelado, aquele sorriso que faz seus olhos se fecharem um pouco é, mais ou menos assim. Eu tô bem, fica tranqüilo. Eu? Não! eu não conseguiria, tá meio oco aqui dentro acho que a minha emoção foi passear em outro lugar, acho que resolveu me deixar um pouco só pra saber ao certo como lidar com tudo isso.
Você nunca soube, talvez eu nunca tenha conseguido explicar, sempre achei que, o que fazia sentido tinha que ser sentido, não precisava ser narrado nem tão pouco explicado. A gente sente, vive, compartilha. Palavras? Eu disse? Oras não consegue distinguir palavras do querer, não consegue sentir, senão consegue definitivamente não fez e não fará sentido.
Pode até me acusar, me chamar de feia, boba, imatura, mas, medo eu nunca tive, quando te toquei, quando te abracei, quando te beijei, quando me deitei com você lá eu estava inteira, estava completa estava contigo de pensamento e desejo. Não, você entendeu tudo errado, não quero te namorar, te possuir ser sua dona. Não sou dona nem de mim sou dona dos meus momentos dos meus encontros não me encerro em mim me espalho me multiplico e vivo.
Sei que seu conceito de viver é diferente do meu, que liberdade é uma palavra que prende, mas, eu busco, eu vivo eu arrisco e tento.
Não precisa ser como eu. Não precisa ser você sempre, o que não se move sedimenta abafa, apaga perde o viço o brilho se sufoca tanto que não sabemos ao certo se o verdadeiro está aparente ou o encoberto.
Me conte um segredo? Já contou isso pra alguém? Como é isso pra você? É, tem coisas que são confusas mesmo. Não eu não me importo, nunca vivi uma situação parecida, mas não me importo com isso. Um segredo meu? Ah é um jogo? é uma curiosidade? Peraí me deixa pensar...Eu solto pum nos corredores das lojas de departamentos. Tá rindo do que? Nunca ninguém sabe quem é, as pessoas se entreolham uma acusando as outras, eu continuo vendo o preço da roupa que está na minha mão. Eu sei que não é um grande segredo, mas quem é que sai contado por ai que solta pum? Outro? Então tá? Eu amo você... silêncio... ainda ai?
Eu sei, não nos conhecemos muito bem, mas eu amaria qualquer pessoa que me olhasse e sorrisse pra mim desse jeito. Azar o seu de ter sido o primeiro. Calma, não precisa falar besteira, não estou te pedindo que me ame.
Você quer me contar outro segredo? Vamos ficar a noite toda conversando sobre nossos segredos? Só mais um, certo? Porque não me disse isso antes? Eu não ainda não sei ser diferente, não era essa minha intenção, só não posso te pedir desculpas porque fiz sem culpas, fiz porque quis, porque desejei. É, eu não pensei em você, talvez seja, esse um dos meus grandes problemas, mas o tempo cuidará disso.
Nossa agora tá mais frio do que antes. Hahahah você quer que eu diga o que fazer com o amor que eu sinto por você? Não! não é uma decisão minha, não sou eu quem escolhe.
Eu sei o que sinto e onde guardo. Não fique preocupado com isso. Você tem tantas outras histórias, tantos outros desejos, siga sua vida, seu caminho.
Não, eu não sou tão legal assim, mas o que é que quer que eu faça? Que eu chore, grite, me jogue aos seus pés e peça que volte que fique? Por quanto tempo? Uma hora, um mês, dois minutos? Não, não! Seu pouco não me interessa, o que eu quero não é a compaixão. Minha parte, eu quero em tesão e se não puder me dar, que fique tudo bem? Que seja tranqüilo.
É, tá bem tarde. Vai sair ainda? É? Não é que eu não acredite, só te peço que não minta pra mim, que não diga o que não sente que não fique com meias palavras, de tudo eu posso suportar menos a mentira que alenta que tranqüiliza, não precisa disso, é eu prefiro seu silêncio, aliás, o silêncio sempre é a melhor resposta ele não nos compromete, nos deixa lá em cima do muro sem ação observando o movimento natural das coisas.
Porque você está gritando? Que diabos você quer? Bom, eu preciso ir. Não te importa com que vou me encontrar. Foi bom ter conversado contigo. Sim, a gente se fala a gente sempre se fala não é? O que foi? Quer me dizer alguma coisa? Mais silêncio...entendi. Vem cá me dá um abraço? Não, não quero seu beijo é só um abraço. Talvez eu seja mesmo estranha, acho que você tem razão. Tchau.
Oi tudo bem? Você me dá um cigarro? Tá esperando alguém? A madrugada será bem fria.

sábado, 10 de abril de 2010

Luz

És alto, forte, produz luz que vem de cima,
que se espalha por toda sua estrutura.
Tem a singeleza do estilo clássico,
é rígido, é finito, é estático... Não me interessa sua estética!
É poste com luz oscilante, com alcance limitado.
Sua luz não me seduz, não encanta
engana é pouca é de menos é de nada.
Faz mais sombra do que ilumina.
Se é pra ser luz, que venha do alto
que venha do longe que seja estrela morta,
que seja infinita até quando a finitude
lhe seja imposta
Que seja vida.

Encontro

Tenho encontrado na palavra a mais fiéis das companheiras. Por ela me calo, por ela eu falo, por ela eu sinto, eu minto eu rio. Com ela eu canto, pra ela danço, encanto, respiro.
Tenho encontrado na imagem a mais bela viagem. Com ela eu saio, por ela descubro, pra ela eu dedico, com ela eu entendo, por ela eu leio, releio, supreendo.
Tenho encontrado na vida a mais louca melodia. Por ela eu ando, com ela eu nado, pra ela eu pisco, rabisco, desenho...entendo.
Tenho encontrado em você o mais doce querer. Por você eu repito, suplico, palpito, não ligo, insisto, desisto, retorno, imploro, espero, não quero, querendo.
Tenho descoberto em mim um desejo secreto. Por ele me entrego, não nego, encontro, deserto, esperto, caminho, sem ninho, sozinha, sozinha, sozinha....